Opinião
Ataque internacional ao agro brasileiro
Por Eduardo Allgayer Osorio
Engenheiro Agrônomo, Professor Titular da UFPel, aposentado
A eficiência do agro brasileiro levou a intensificar-se o ataque que sofre por seus competidores internacionais. Tais iniciativas se exacerbaram desde 2010 quando a Open Society Foundation, entidade "filantrópica" mantida pelo megainvestidor George Soros transferiu à ONG norte-americana Human Right Watch a vultosa quantia de 100 milhões de dólares visando "expandir sua presença nos países emergentes do hemisfério sul", constando em seu site oficial a intensão de "desenvolver nos países onde atua um relacionamento com o jornalismo de maior audiência local" (entenda-se: "pagar a veiculação de matérias de interesse do patrocinador"). Usando esse meio puseram-se a atacar os valores comportamentais nacionais, manipulando de forma subliminar a vontade das pessoas contra os seus próprios interesses. Contando com o apoio de celebridades midiáticas e de militantes da esquerda festiva investiram na eficiente técnica de usar meias-verdades para escamotear os fatos. Travestidos de arautos do bem-estar e da defesa do meio ambiente, manipulam a boa vontade dos que almejam uma vida saudável, num ambiente preservado, escondendo de forma insidiosa os reais e escusos objetivos das ações que empreendem.
Para entender onde querem chegar é preciso ter em mente que o agro brasileiro se tornou um case de sucesso mundial, altamente competitivo, tornando-se um incômodo competidor a ser brecado, encarregando-se as ONGs internacionais de executar essa iníqua tarefa, com ampla acolhida em expressivos setores da mídia nacional e do ambientalismo "canhoto".
A WWF (World Wildlife Fund For Nature), fundada e financiada pela gigante Royal Dutch Shell, empreendeu criar entraves junto aos bancos internacionais visando conter a expansão do agro nos países emergentes, como o Brasil. Um exemplo disso foi o lançamento (em 2014) do guia que disciplina "como as instituições financeiras devem direcionar investimentos para os negócios verdes" (Environmental, Social & Governance Integration for Banks), denunciando na mídia que "o agronegócio dos países em desenvolvimento é poluente, devendo o mercado internacional exigir salvaguardas às importações de commodities consideradas não alinhadas", incluindo nestas, obviamente, as brasileiras (o mesmo argumento hoje utilizado pela França para brecar o acordo União Europeia/Mercosul).
O ataque ao agro brasileiro é amplo e muito bem orquestrado. Agrega em suas ações várias ONGs internacionais, como o Greenpeace, que tem dentre os seus financiadores a Turner Foundation, do magnata Ted Turner (CNN, Time Warner e outras), produtor de gado, dono de 14 ranchos cujas áreas somadas excedem a de dois Estados norte-americanos; a Rockefeller Foundation, principal acionista da Standard Oil Company; a John & Catherine MacArthur, a maior fundação privada dos EUA; a Marisla Foundation, dos descendentes do magnata do petróleo Jean Paul Getty e inúmeras outras, todas mantidas por megainvestidores do mercado financeiro internacional. As empresas desses magnatas, tendo devastado o meio ambiente em seus países e em outros, apresentam-se como "salvadores da natureza". Dá para acreditar na honestidade das suas intenções? Não, seus cavilosos propósitos visam primordialmente destruir a reputação de seus competidores por puro interesse comercial, com a conivência de expressivos segmentos midiáticos nacionais (temos "inimigos na trincheira").
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